segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sujeira.


Me sinto suja.
Imunda.
Banhada de ódio, meu coração chora.
Banhada de lágrimas minha alma arde, se desfaz.
Pequenas partes do meu corpo grita, grita pois não aguenta.
A sujeira da minha vida.
Lamento a cada dia por minha existência.
Vivo a cada dia com minhas lamentações.
Um ser ferido e desgastado.
Não sabendo a razão...

A dor que sinto.
O sangue que derramo.
Não se compara o que sinto por dentro.
Apenas jorra.
Como meu coração.
Apenas arde, como minha alma.
Apenas sinto como minha doce morte.
Gritos que ninguém escuta.
São minhas doces orações.
Até onde irei chegar...

Hoje, ao cair da noite senti isso.
Me senti suja.
Sem nenhum valor.
Tomei banho, mas não era isso.
Tomei banho, mas continuei suja.
Minha alma, meu coração, meu sentimento é sujo.
Sem nenhum valor, isso me deixou imunda.
Desgastada da vida, sem nenhuma razão.
Vivendo calada, sufocando o coração.
Me olho no espelho e não me encontro...

Mas no fundo eu sei.
Que jamais viverei.
Suja sempre serei.
Apodrecendo a cada dia.
Sem rumo a seguir.
Empurrando a vida.
Até um dia desistir.
Até a morte chegar.
E eu me apaixonar.
Ela irá me possuir.
Eu irei a conduzir.
O desejo final.
De um dia partir...

By: sin sun






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