terça-feira, 23 de março de 2010

Precipício. [Parte 04]


Depois do café, fui conhecer mas sobre a pequena cidade. Parecia até cenário de filme, como se tudo aquilo não fosse real, de tão perfeita que era. O friozinho do outono era de certa forma o melhor, sem contar das grandes folhas secas que caiam das árvores, dando até para escutar um "tic", quando caia no chão.
Fui ao parque para pensar um pouco, crianças brincavam nos tanques de areia, muito felizes como se tudo aquilo foi mágica, um sonho. Me levanto e vou andando reto, apenas reto, sem virar em esquinas ou entrar em lojas. No fim da estrada tinha um bosque, era uma preservação particular da cidade, o ponto turistico de la, mas o engraçado era que eu não tinha ouvido falar dela antes. Me interessei e fui dar uma olhada.
Ao entrar me deparo com elas... sim com elas! As mesmas árvores altas, tão grandes que não dava para enchergar nem um raio de sol, era ela. A imensa floresta, não havia dúvidas. Mas ao meu ver não parecia tão imensa assim.
Era muito visitada, havia crianças com suas mães, casais de namorados, velhinhos caminhando. Afinal o ar da floresta fazia bem as pessoas. Explorei cada pedacinho, e não tinha mas como dúvidar. Ela era mesmo, a mesma do meu pesadelo. Mas como isso foi acontecer? Como sonhei com algo que nunca tinha visto? Como pode ela estar ali? Eu estar ali? Como pode ela ter aparecido na minha pintura branca? Perguntas sem respostas...
Tão pequena, e ao mesmo tempo tão grande. Faltava algo nela, algo que fazia a diferebça, algo do meu pesadelo. O Precipício. Eu tinha certeza que era ela, mas faltava o principal. Era uma preservação cercada e tinha um fim, a do meu pesadelo era enorme, e também tinha um fim. Mas era um belo Fim!

-sin sun.

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