quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mais uma página de Diário.


Como sempre, faz tempo que não escrevo da minha vida diretamente.

É sempre em poemas... prosas... até mesmo músicas que definem bem o meu estado mental. Mais hoje, irei usar esse blog como realmente uma página de diário (mais uma vez).
Faz tempo que nem no meu próprio diário escevo, é mais em papeis de agenda, rascunhos... To sem tempo pra isso, muitas vezes pode ser preguiça, cansaço... Enfim.
Fiz muita coisa nessa vida, posso dizer que vivo mesmo desdos meus 12 anos... uma idade que eu posso dizer: "Comecei a entender a vida com 12 anos." Ainda era uma criança... mais ao mesmo tempo adulta.
12, 13... 14... 15... 16... 17... 18... e agora 19.
7 anos que vivo realmente essa vida louca, 7 anos que sei realmente o que realidade de sonhos, 7 anos que seu sei o que é sofrer, e 7 anos... que eu ja tenho essa vontade de morrer.
Desdos 13, comecei a levar essa vida que tenho hoje, se a vida realmente fosse contada como nós as disgraçamos, ja não tenho muito tempo de vida, acho que em volta de uns 10 anos, é tempo suficiente para um câncer no pulmão pelo cigarro, e ter cirrose em razão do álcool. Não irei muito longe.
Tanto que ja fiz... vivi... Hoje posso dizer com todas as letras EU AMADURECI.
Tanto como mulher, tanto como pessoa.
Hoje posso ter certeza que conseguirei lidar com qualquer desavença que a vida me proporcionar. Também muito que aconteceu comigo até hoje me fez ver, que realmente os erros servem para não errarmos mais, e não apenas para nos fazer sofrer, e querer a morte. Isso é apenas mais uma conseqüência.
Umas das coisas que me fizerem amadurecer muito e ter uma nova concepção sobre a morte, foi o suicídio de um grande amigo meu. Amigo de saídas, amigo de conversa, amigo de dores, amigo de risos, amigo pra todas as horas. Tuka... Antonio, um amigo que levarei pra sempre em meu coração. Em relação a sua morte, de uma maneira tão trágica, um homem com alma de garoto, um homem com sonhos puros, o único que ele queria. Ser feliz. Eu que sempre fui tão depressiva também, como a maioria de nossos amigos, foram poucos... mas que também sempre procuraram a morte, ficamos abalados, sei que todos do ciclo de amigos, aprenderem muito com ele, Tuka se foi, mais deixou um aprendizado, uma semente em todos nós, uma semente bem plantada, bem no fundo do nosso coração. No meu Sun, no Bruno, na Val, na Nanda, no Jumpy, até no do Felipe. Uma semente que regarei e tratarei com o melhor carinho. Tuka nunca esquecerei de você.
Isso apenas me mostrou, que a morte não leva a nada... fui tola ao pensar isso uma vez, e ao tentar acabar varias veezes com minha vida, fui tola...!
Um grande aprendizado...
O outro... (não quero tocar muito no assunto) Mais... depois que tentei voltar ao passado, e esse passado feriu meu orgulho, posso dizer também com todas as letras. EU NÃO SENTI NADA, DIGO SENTIMENTO DE SOFRIMENTO, PERDA DE AMOR... E SIM DE... ORGULHO E EGO FERIDO. O QUE EU QUERIA MESMO NÃO ERA O PASSADO DE VOLTA, E SIM TENTAR VENCER MAIS UMA VEZ, COM MEU ORGULHO. Mas que bom que as coisas levaram a esse rumo, uma coisa que aprendi com isso foi: "NUNCA devemos tentar voltar ao passado, ele ja morreu a partir do momento que vira passado. E também não podemos viver em apenas razão do nosso orgulho, ele o próprio que pode nos magoar muitas e muitas vezes.
Uma coisa engraçada também, estou com 19 anos... e quarta-feira foi a primeira vez que fui ao médico sozinha... foi estranho, sempre fui com minha mãe, ou com meu ex-namorado... foi realmente esquisito. Não ter ninguém pra abraçar na hora da injeção... rs, estranho, mas tenho que me acostumar com isso, afinal de contas minha mãe vai embora pra Fortaleza semana que vem. Restará apenas eu e a Sandra, minha irmã mais velha, a Simone e minha sobrinha Gyovanna, ja tem outra familia, a igreja e um estranho que ela nem mesmo conhece direito. A Sandra namora a 6 anos, quase casada... quando ela enfim resolver tomar a vida dela, restará apenas eu, sozinha... em uma casa... úmida... apenas eu, e as sombras que sempre andaram comigo, apenas eu e minha tristeza, que também nunca me abandonou, apena eu... eu!
Com 19 anos... fiz coisas que com 18, eu falava NUNCA farei... mas fiz... é engraçado de mais pensar nisso sabe, coisa que eu não faria a 1 ano atrás fiz agora... e repito! Pois eu já não tenho mais NADA a perder.
Tudo que um dia foi meu por direito, a vida arrancou de mim.
Mas isso também me serviu como lição para amadurecer.
A vida também de certa forma é engraçada, ela coloca as pessoas certas nos momentos certos dela, disso não tenho do que reclamar, é até bom.
Escrever no blog hoje como um diário... eu tava pensando tanto nisso que no ônibus a caminho de casa do trabalho não parava de pensar nas coisas que iria escrever.
A sim... estou trabalhando, sou babá. Cuido de um bebê de 6 meses. Cuido dele desdos 1 mês de vida praticamente, gosto muito do que faço, e também preciso desse emprego, mais do que nunca. Ele é mestiçinho, se chama kaique e é muito fofo.
Voltando... a caminho de casa, ao pensar no que escrever aqui, comecei a sorrir sozinha, sentada em um banco do ônibus em frente a porta de saída, com tantos lugares uma senhora se senta ao meu lado, odeio quando isso acontece, eu toda de preto, com touca na cabeça, geralmente essas pessoas tem medo de gente como eu, e é por isso mais ainda minha revolta. Enfim... passando em frente ao atacadão, comecei a sorrir, o ônibus passando rápido de mais, mas pude ver claramente, 3 rapazes, todos de preto, mas teve um que me chamou a atenção... ele estava de preto, com boné preto também, segurando uma garrafa de cerveja, não deu pra notar o nome... mas ele, mesmo com o ônibus em total movimento, ele olhou pra mim, mas não apenas para mim, olhou nos meus olhos, no fundo deles, os olhos dele eram verdes, o verde mais lindo que ja vi... E no meio da correria do ônibus, da conversa com os amigos, ele olhou nos meus olhos e eu os senti também, no fundo de minha alma. Esse menino na hora conseguiu arrancar como uma faca arranca um pedaço de pão, o sorriso que eu levava nos lábios... e me fez abaixar o olhar, ao lembrar com quem ele se parecia... Tuka! Pode parecer loucura? Não sei, mas logo em seguida disso me veio o Tuka na mente... Estranho... um rapaz, na esquina, atravessando a rua, de preto, mais 2 amigos, ele segurando uma garrafa de cerveja... com olhos verdes, eu dentro de um ônibus que mas parecia um foguete, conseguiu olhar no fundo de minha alma, e arrancar o sorriso que eu levava... Aqueles olhos nunca esquecerei.
Não sei ao certo o porque disso tudo, posso afirmar com todas as letras que eu amadureci. Mais também posso afirmar com todas as letras, que ainda... Não entendo a vida.
E mesmo que eu viva 10 anos, 5, 4... 1 semana!
Não descansarei até entender essa vida, e fazer alguém feliz, como eu disse pra essa pessoa, como eu ja a escolhi. Eu tentarei fazer esse alguém feliz.
Morrerei feliz, ao saber que fiz alguém feliz, e que finalmente entendi a vida, a minha vida.
Que pretendo não desperdiçar mais com tanta bobagem, como fazia antigamente.
Vida... Vida louca.
Que um dia saberei usá-la.

-sin sun.

0 comentários: